O Crédito do Trabalhador, nova modalidade de empréstimo consignado lançada pelo Governo Federal, já está disponível para trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada. A proposta é oferecer taxas de juros mais baixas ao vincular o pagamento das parcelas diretamente à folha salarial, com garantia do FGTS — uma alternativa mais econômica ao Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e ao consignado tradicional.

 

Como funciona a migração para o novo consignado?

 

O trabalhador CLT que já possui um empréstimo, seja consignado ou pessoal, poderá migrar para o Crédito do Trabalhador a partir de 25 de abril de 2025, no caso de contratos com o mesmo banco, e a partir de 6 de junho, para portabilidade entre bancos diferentes.

A nova linha está disponível para:

  • Empregados da iniciativa privada com carteira assinada
     
  • Trabalhadores domésticos e rurais
     
  • Funcionários contratados por Microempreendedores Individuais (MEI)
     

O principal diferencial está na automatização do processo, que ocorre por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Ao autorizar o acesso aos dados do eSocial, o trabalhador recebe, em até 24 horas, propostas de crédito das instituições habilitadas. A contratação também pode ser feita diretamente pelos canais digitais dos bancos.

 

Por que trocar de modelo?

 

A substituição de empréstimos pessoais por consignado traz redução imediata nos juros. Enquanto o CDC pode ter taxas acima de 6% ao mês, o novo consignado pode reduzir esse custo pela metade ou mais.

 

Vantagens da nova modalidade:

 

  • Juros potencialmente 50% mais baixos
     
  • Pagamento via desconto em folha
     
  • Garantia do FGTS em caso de demissão
     
  • Contratação 100% digital
     
  • Portabilidade entre bancos a partir de junho

     

Em caso de demissão, o desconto é limitado a 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória. Se o trabalhador for recontratado no regime CLT, o desconto em folha é retomado automaticamente.

A expectativa do governo é que até 19 milhões de trabalhadores migrem para o novo modelo, movimentando mais de R$ 120 bilhões em crédito consignado privado.

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