A aposentadoria marca uma fase de transição na vida de um servidor público, mas muitas dúvidas surgem sobre os direitos financeiros associados a esse momento. Entre elas, a questão da rescisão ganha destaque.

Afinal, servidores públicos têm direito a rescisão quando se aposentam? Vamos explorar o assunto e entender como funciona a compensação financeira no setor público e suas particularidades.

O que é rescisão e como funciona para servidores públicos?

A rescisão é o processo de encerramento de um vínculo empregatício, comum no setor privado, que gera o pagamento de valores devidos ao trabalhador, como saldo de salário, férias proporcionais, 13º salário e, em casos específicos, multa sobre o FGTS.

No entanto, para servidores públicos, as regras mudam, dependendo do regime de trabalho. A seguir, vamos explicar como funciona em cada caso:

Servidor público recebe rescisão ao se aposentar?

A resposta depende de uma série de fatores, como o regime de trabalho (estatutário ou celetista) e as regras do órgão empregador.

Servidores estatutários

Os servidores estatutários, vinculados a um regime jurídico próprio, não têm contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Por isso, a rescisão tradicional não se aplica. No entanto, eles podem receber indenizações em casos específicos, calculados de forma proporcional ao tempo de trabalho, como:

  • Férias não usufruídas: Caso não tenham tirado todas as férias antes da aposentadoria, o valor correspondente deve ser pago.
  • Licenças-prêmio não gozadas: Algumas legislações permitem que licenças-prêmio acumuladas sejam convertidas em valores indenizatórios.
  • 13º salário ou gratificação natalina: Caso o servidor tenha trabalhado parte do ano antes de se aposentar, ele tem direito ao pagamento proporcional do 13º salário referente aos meses trabalhados.
  • Salário referente aos dias trabalhados no mês da aposentadoria.

Saiba mais: Como planejar aposentadoria para servidor público? Revelamos o passo a passo


Servidores celetistas

Os servidores contratados sob o regime da CLT mantêm direitos trabalhistas mesmo após a aposentadoria. Entre os principais direitos estão:

  • Saldo de salário: Valor referente aos dias trabalhados antes da aposentadoria.
  • Férias proporcionais e vencidas: Inclui férias acumuladas ou proporcionais ao período trabalhado.
  • 13º Salário proporcional: Pagamento proporcional ao tempo de trabalho no ano em que ocorreu a aposentadoria.
  • Saque do FGTS e multa de 40%: Em caso de rescisão do contrato de trabalho, o trabalhador aposentado pode sacar o saldo do FGTS e receber a multa de 40% sobre esse valor.
  • Direitos em caso de rescisão: O aposentado também tem direito ao aviso prévio e indenização, conforme a legislação trabalhista vigente.

Mesmo após a aposentadoria, é possível continuar trabalhando com um novo contrato, garantindo novos direitos e obrigações.

Aposentadoria com continuidade no cargo

Um ponto importante é que nem todos os servidores se desligam automaticamente ao se aposentarem. Em alguns casos, o servidor pode optar por continuar trabalhando, o que anula o direito a indenizações de rescisão até o desligamento definitivo.

O que o servidor público recebe quando se aposenta?

No momento da aposentadoria, os servidores públicos têm direitos garantidos que variam de acordo com o regime previdenciário.

No entanto, alguns benefícios comuns:

  • Férias proporcionais: O valor das férias acumuladas e não gozadas deve ser pago proporcionalmente.
  • Gratificação natalina (13º salário): O servidor recebe o 13º salário proporcional ao período trabalhado no ano da aposentadoria.
  • Abono de permanência: Concedido ao servidor que atinge os requisitos para aposentadoria, mas opta por continuar trabalhando.
  • Pensão por morte: em caso de falecimento, os dependentes do servidor têm direito a uma pensão, que pode ser temporária ou vitalícia, dependendo das condições legais.

Além disso, a aposentadoria é irreversível,segundo estabelece a Constituição Federal. Isso significa que, após concedida, a aposentadoria é irrevogável e irreversível, conforme a Constituição Federal. Ainda, o servidor aposentado que decide continuar trabalhando em outro cargo público deve observar as regras para evitar o acúmulo indevido de remunerações.

Impacto da aposentadoria na margem consignável

A aposentadoria não só muda a fonte de renda do servidor como também afeta a margem consignável para empréstimos.

Como funciona a margem consignável para aposentados?

Ao se aposentar, o servidor passa a ser vinculado ao regime do INSS ou a um regime próprio de previdência, o que redefine sua margem para empréstimos consignados:

  • INSS: A margem consignável é de até 45% do benefício, sendo 35% para empréstimos, 5% para cartão de crédito consignado e 5% para cartão benefício.
  • Regimes próprios de previdência: As regras variam conforme o estatuto de cada regime, mas, geralmente, seguem limites similares ao INSS.

A principal diferença é que, como aposentado, o cálculo da margem passa a ser feito sobre o valor do benefício previdenciário ou da aposentadoria paga pelo regime próprio, e não sobre o salário anterior.


Saiba mais: Servidor público pode se aposentar e continuar trabalhando?


Como os servidores podem organizar as finanças na aposentadoria?

A aposentadoria é um momento que exige planejamento financeiro, e o crédito consignado pode ser uma ferramenta útil se utilizado de forma consciente.

Separamos algumas dicas para organizar as finanças na aposentadoria:

  1. Reavalie suas despesas: Com a redução da renda, é essencial ajustar os gastos ao novo orçamento.
  2. Considere um planejamento de longo prazo: Inclua gastos com saúde, lazer e possíveis emergências.
  3. Use o crédito consignado quando necessário: Aproveite as taxas mais baixas para quitar dívidas com juros mais altos ou realizar projetos importantes, mas evite comprometer toda a margem consignável.

Como o app Konsi pode ajudar o servidor aposentado?

O app Konsi é uma ferramenta indispensável para servidores aposentados que desejam:

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