No Rio de Janeiro, a partir de terça-feira (21), um evento online organizado pela Associação Nacional de Assistência aos Superendividados (ANAS) oferecerá a oportunidade de descobrir gratuitamente se você está superendividado.
O mutirão, que vai até o dia 28 de maio, é projetado para ajudar os consumidores a entenderem e gerenciarem melhor seus compromissos financeiros. A seguir, saiba como descobrir se você está endividado e o que significa essa situação financeira. Acompanhe!
Como descobrir se está superendividado?
Para participar, os interessados devem acessar o site da ANAS e selecionar a opção "Faça seu cálculo gratuito". Será necessário fornecer informações como nome completo, se possui empréstimos consignados ou pessoais, outras dívidas como cartão de crédito ou cheque especial, e o montante dos rendimentos.
Com essas informações, a ANAS fornece uma calculadora para que os participantes detalhem seus gastos e dívidas. Após o preenchimento, o sistema oferece um diagnóstico preliminar do nível de endividamento.
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O que significa estar superendividado?
Considera-se superendividada a pessoa cuja renda tem mais de 35% comprometida com dívidas de consumo e despesas com cartão de crédito acima de 5%. Não estão incluídos neste cálculo dívidas como financiamento imobiliário, veículo, crédito rural, obrigações fiscais e dívidas de luxo.
"Quem tem empréstimo consignado e mais algum tipo de crédito, como empréstimo pessoal, cheque especial ou cartão de crédito, tem grandes chances de estar superendividado", explica Sérgio Gradovski, presidente da ANAS.
Além disso, o presidente da ANAS ressalta que o diagnóstico beneficia tanto o consumidor, ao oferecer uma base sólida para pleitear seus direitos, quanto o sistema judiciário, que enfrenta alta demanda de casos de superendividamento.
Nesse sentido, ele adverte que pessoas com empréstimos consignados e outros créditos, como empréstimos pessoais ou cartões de crédito, estão particularmente em risco de superendividamento.
Como a legislação apoia o superendividado?
A Lei 14.181/2021 introduziu medidas tanto preventivas quanto judiciais para tratar o superendividamento. Inicialmente, tenta-se uma conciliação com todos os credores para estabelecer um plano de pagamento.
Se isso falhar, a lei prevê a reestruturação das dívidas através de um plano de pagamento de até cinco anos, possivelmente incluindo uma moratória de até 180 dias e redução de encargos.
Esta iniciativa é essencial para aliviar a pressão financeira sobre os cidadãos, permitindo-lhes retomar o controle de suas finanças e contribuir novamente para a economia.