O cartão de crédito é a principal dívida de 60% dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva. Entre taxas de juros que podem chegar a 36% ao mês, muitos brasileiros passam a considerar pegar um empréstimo para quitar dívidas de cartão, ao invés de parcelar a fatura.
Nesse sentido, uma das modalidades mais procuradas, sobretudo entre aposentados e servidores públicos, é o crédito consignado. Será que vale a pena? Neste artigo, vamos analisar os dois tipos de crédito e orientar sobre como quitar as suas dívidas de cartão. Continue lendo!
Parcelar a fatura do cartão ou pegar empréstimo?
Ao parcelar a fatura do cartão, você divide o valor da dívida em parcelas mensais, com a inclusão de juros sobre o saldo devedor. Assim, o parcelamento oferece a vantagem de evitar o rotativo do cartão de crédito, que possui uma das taxas de juros mais altas do mercado. No entanto, o parcelamento também pode ser uma opção cara, pois as taxas, embora menores que o rotativo, ainda são elevadas.
Já o empréstimo consignado é uma modalidade de crédito onde as parcelas são descontadas diretamente do seu salário ou benefício. Isso garante taxas de juros mais baixas em comparação com outras formas de crédito, incluindo o parcelamento da fatura do cartão. Além disso, o prazo de pagamento do consignado costuma ser mais longo, o que pode oferecer maior flexibilidade financeira para o consumidor.
Principais diferenças:
- Parcelamento da fatura do cartão: taxa de juros mais alta, parcelamento diretamente no cartão e prazos mais curtos.
- Empréstimo consignado: juros mais baixos, parcelas fixas descontadas do salário ou benefício e prazos mais longos.
Agora que você entende a diferença básica entre as opções, vamos comparar as taxas de juros e outros fatores que podem influenciar sua escolha.
Qual opção tem a menor taxa de juros?
Quando o assunto é taxa de juros, o empréstimo consignado sai na frente, sendo uma das modalidades de crédito mais vantajosas nesse quesito. Enquanto as taxas de parcelamento de fatura de cartão de crédito podem variar entre 8% e 10% ao mês, o consignado costuma ter taxas que vão de 1,4% a 2,5% ao mês, dependendo da sua categoria (aposentado, pensionista ou servidor público, por exemplo).
Essa diferença de juros pode impactar o valor total pago ao final do contrato.
Veja um exemplo prático:
- Parcelamento de fatura do cartão: Suponha que você tenha uma dívida de R$ 5.000 e decida parcelá-la em 12 meses com uma taxa de 10% ao mês. Ao final do prazo, você pagará aproximadamente R$ 12.728, devido aos juros compostos.
- Empréstimo consignado: Para a mesma dívida de R$ 5.000, com uma taxa de 1,5% ao mês em 12 meses, o valor total pago seria de cerca de R$ 5.981.
Como podemos observar, o consignado oferece uma economia considerável, tornando-se a melhor opção em termos de custo total do crédito.
Como comparar os prazos de pagamento e a flexibilidade financeira
Outro aspecto importante na comparação entre parcelar a fatura e pegar um empréstimo consignado é o prazo de pagamento.
Parcelamento da fatura
O parcelamento do cartão de crédito geralmente oferece prazos mais curtos, com parcelamentos variando entre 3 a 12 meses. Isso pode ser interessante para quem deseja quitar a dívida rapidamente. No entanto, quanto menor o prazo, maior será o valor das parcelas, o que pode comprometer o orçamento mensal.
Empréstimo consignado
O consignado, por outro lado, oferece prazos mais longos, que podem chegar até 144 meses (12 anos), dependendo do convênio e das regras de cada instituição financeira. Isso dá mais flexibilidade ao devedor, permitindo que ele ajuste as parcelas para que caibam no orçamento sem apertos. Além disso, por ser um crédito com parcelas fixas, o planejamento financeiro fica mais previsível.
Ao escolher a melhor opção, leve em consideração a flexibilidade financeira. Se você precisa de mais tempo para quitar a dívida, o consignado pode ser a melhor saída. No entanto, se o objetivo é pagar o quanto antes e você tem condições de arcar com parcelas maiores, o parcelamento da fatura pode ser mais interessante.
Compensa fazer empréstimo para pagar cartão de crédito?
Em muitos casos, a resposta é sim. Fazer um empréstimo consignado para quitar a fatura do cartão é uma estratégia financeira inteligente, principalmente quando consideramos as taxas de juros menores do consignado em relação ao parcelamento do cartão de crédito.
Além das taxas mais baixas, o consignado oferece a vantagem de parcelas fixas e previsíveis, o que facilita o controle financeiro. Quando você decide parcelar a fatura, os juros altos podem aumentar rapidamente o valor total devido, e a dívida pode se tornar difícil de gerenciar.
Já ao optar por um consignado, você troca uma dívida cara por outra com condições melhores, reduzindo o custo total e aliviando o impacto no seu orçamento.
Saiba mais: Juros de cartão de crédito disparam para 438% a.a.; Consignado mantém juro baixo
Quando vale a pena parcelar a fatura do cartão?
Mesmo que o seu objetivo seja quitar a dívida o mais rápido possível, o parcelamento ainda não será vantajoso. Isso porque, ao contratar um consignado com prazo de pagamento maior, você pode amortizar as parcelas, quitando o empréstimo em menos tempo.
Assim, você paga menos juros e ainda libera mais margem para futuros empréstimos mais rápido.
Se você já comprometeu sua margem consignável e não tem acesso a um novo empréstimo consignado, é possível refinanciar os seus contratos atuais e receber um valor extra, conhecido como "troco". Para isso, baixe o app Konsi e confira as oportunidades disponíveis.
No entanto, apenas quem tem renda mensal estável consegue contratar um consignado, como servidores públicos, segurados do INSS e até trabalhadores da rede privada. Nesses casos, pode ser interessante considerar outros tipos de empréstimo, como o pessoal, ou o parcelamento da fatura, caso, você tenha restrições de crédito.