O salário mínimo nacional em 2025 está previsto para subir para R$ 1.509, conforme consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) divulgado pelo Ministério do Planejamento. O novo valor, que representa um aumento de 6,87% em relação ao piso atual de R$ 1.412, será oficializado em 1º de janeiro de 2025, com o pagamento sendo realizado em fevereiro.
O que motiva o aumento do salário mínimo?
A decisão de reajustar o salário mínimo para R$ 1.509 em 2025 foi influenciada por mudanças nas previsões macroeconômicas, como a inflação. Inicialmente, o valor previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 era de R$ 1.502. No entanto, as atualizações econômicas levaram a um aumento maior do que o esperado.
O cálculo do novo salário mínimo segue a regra de valorização, que considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores e a inflação acumulada nos 12 meses até novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é o indicador usado para ajustar o piso salarial, que deve alcançar 3,65% de inflação acumulada em 2024.
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Impactos do novo salário mínimo nos gastos públicos
O aumento do salário mínimo tem um impacto direto nos gastos públicos. Cada real de aumento no piso salarial gera mais de R$ 350 milhões em despesas adicionais, uma vez que o valor serve como base para a maioria das aposentadorias e pensões. Para 2025, o governo está empenhado em revisar benefícios previdenciários e sociais, com a expectativa de economizar R$ 25,9 bilhões.
Houve também discussões internas sobre a possibilidade de desvincular certos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), abono salarial, seguro-desemprego e auxílio-doença, do reajuste do salário mínimo. Essa medida poderia gerar economias substanciais nos próximos anos, mas a proposta não avançou.
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Perspectivas para o futuro
O governo já projeta o valor do salário mínimo para os próximos anos: R$ 1.595 em 2026, R$ 1.687 em 2027 e R$ 1.783 em 2028. Essas previsões indicam um compromisso contínuo com a valorização do piso salarial, mas também sinalizam desafios fiscais significativos à medida que o país lida com as pressões de manter os benefícios sociais atrelados a esses aumentos.