O governo federal firmou um acordo que prevê um reajuste salarial de 9% para os militares das Forças Armadas, abrangendo integrantes da Aeronáutica, Marinha e Exército. Esse aumento será implementado em duas etapas: a primeira, de 4,5%, será paga em abril de 2025, e a segunda, de 4,5%, em 2026. O impacto estimado desse reajuste nas contas públicas é de R$ 3 bilhões.
Detalhes da negociação de reajuste para militares
A negociação do reajuste para as Forças Armadas foi conduzida pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo inclui militares da ativa, da reserva e pensionistas, garantindo que todos esses grupos sejam contemplados.
Esse reajuste ocorre após um período em que os militares não receberam aumentos significativos desde 2023. Naquela ocasião, durante a reforma do sistema previdenciário das Forças Armadas, o ex-presidente Jair Bolsonaro havia concedido um aumento em quatro parcelas, a partir de 2020, como parte da reestruturação das carreiras.
Na época, o ajuste incluiu a elevação das gratificações, o que, segundo técnicos do governo, resultou em um aumento que chegou a 150% para algumas categorias. Além dos militares, o governo também vai conceder reajustes para 98% das carreiras dos servidores civis federais.
Saiba mais: Cerca de 98% dos servidores federais devem receber reajuste salarial
Essas negociações foram realizadas entre os representantes do funcionalismo público e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Os reajustes para os servidores civis terão um impacto financeiro considerável, com projeções de R$ 16 bilhões em 2025 e R$ 11 bilhões em 2026.