A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi oficialmente encerrada nesta quarta-feira (6), após 114 dias de paralisação. O acordo foi assinado entre o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), com a intervenção do Gabinete da Presidência.
A greve, iniciada em 16 de julho, afetou mais de 1.500 agências da Previdência Social em todo o Brasil, impactando diretamente o atendimento de cerca de 100 mil pessoas. Além disso, houve um aumento de 11,27% no número de pedidos de reconhecimento inicial de direitos, de 1.353.910 para 1.506.608.
Qual foi o impacto da greve do INSS?
Durante o movimento, um dos maiores problemas enfrentados foi a suspensão de perícias médicas, com cerca de 4 mil atendimentos sendo remarcados. O bloqueio do atendimento em várias agências também ampliou as filas de espera, prejudicando milhares de segurados que dependem dos serviços do INSS.
Com o avanço das negociações, o desgaste dos servidores em greve foi aumentando, principalmente após o governo ameaçar classificar as ausências como faltas injustificadas, o que abriria a possibilidade de processos disciplinares. Diante desse cenário, a categoria decidiu buscar um acordo que assegurasse a reposição dos dias de paralisação, a revogação da orientação sobre falta injustificada e a devolução dos descontos salariais aplicados durante a greve.
Segundo Moacir Lopes, dirigente nacional da Fenasps, o acordo também inclui a abertura de mesas de negociação para discutir questões como as condições de trabalho, o reconhecimento da carreira de Estado e a realização de concursos públicos.
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Quando voltam os serviços do INSS?
Agora, com a assinatura do acordo final, os serviços nas agências do INSS devem ser normalizados nos próximos dias, oferecendo alívio para os milhares de segurados que estavam aguardando atendimento.
A greve da Fenasps foi uma das mais longas enfrentadas pelo INSS, mas não a única. Em setembro, outras duas entidades representativas dos servidores, a Condsef e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, já haviam assinado acordos semelhantes com o governo, o que isolou o movimento da Fenasps.