O endividamento se configura como um problema social que assola milhões de lares brasileiros. No entanto, quando o foco se volta para os servidores públicos, a situação se torna ainda mais preocupante.

Apesar da estabilidade profissional e, em muitos casos, de salários acima da média nacional, dados do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) revelam que cerca de 70% dos servidores públicos ativos no país estão endividados.

Em comparação com a média nacional de famílias endividadas, que segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) gira em torno de 58%, essa estatística é alarmante.

Mesmo com uma renda média 40% superior à dos trabalhadores da iniciativa privada e com reajustes salariais de 30% nos últimos cinco anos, os servidores públicos se veem cada vez mais sufocados por dívidas.

Um dos principais motivos para essa realidade é a falta de planejamento financeiro para a aposentadoria. Muitos servidores não se preparam para a perda de renda que ocorrerá após o fim da carreira, e o endividamento acumulado ao longo dos anos só agrava a situação.

Como evitar dívidas com empréstimo consignado?

O empréstimo consignado, modalidade de crédito em que as parcelas são descontadas diretamente do salário, oferece aos servidores públicos taxas de juros mais baixas devido à segurança que representa para os bancos.

No entanto, como em qualquer tipo de empréstimo, é fundamental tomar precauções para evitar o superendividamento. Por isso, antes de contrair qualquer crédito, é crucial realizar um diagnóstico financeiro completo.

Ou seja, mapeie seus gastos mensais, identifique suas dívidas (se houver) e determine o destino de cada centavo do seu salário. Essa análise detalhada da sua situação financeira fornecerá uma visão clara de sua capacidade de pagamento e te ajudará a tomar decisões conscientes.

É importante ter em mente que, ao optar pelo empréstimo consignado, seu custo de vida deverá ser reduzido em até 30%, pois a parcela do empréstimo será descontada diretamente do seu salário ou benefício de aposentadoria.

Dicas para gerir suas finanças com responsabilidade

  • Crie um orçamento mensal: Defina um limite de gastos para cada categoria (alimentação, moradia, transporte, lazer etc.) e acompanhe de perto suas despesas;
  • Priorize as dívidas: Se você já possui dívidas, defina um plano para quitá-las o mais rápido possível, começando pelas que possuem os juros mais altos;
  • Evite compras por impulso: Pense duas vezes antes de comprar algo que não seja essencial para o seu dia a dia;
  • Tenha uma reserva de emergência: Guarde uma quantia equivalente a pelo menos três meses de seus gastos básicos para imprevistos;
  • Busque orientação profissional: Se precisar de ajuda para gerenciar suas finanças, procure um consultor financeiro especializado.

Lembre-se: o endividamento não precisa ser uma realidade em sua vida. Ao tomar decisões conscientes e administrar suas finanças com responsabilidade, você pode alcançar a tranquilidade financeira e garantir um futuro mais próspero.