A inflação representa o aumento geral dos preços da economia em um determinado período, geralmente medido por mês ou ano. Esse aumento significa que você precisará de mais dinheiro para comprar os mesmos produtos e serviços que comprava antes.
A inflação no Brasil é medida principalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é um indicador oficial da inflação no país, utilizado pelo governo para diversos fins, como:
- Definir políticas monetárias: O Banco Central utiliza o IPCA para monitorar a inflação e tomar decisões sobre a taxa Selic, a principal ferramenta da política monetária para controlar a inflação.
- Ajustar salários e benefícios: O IPCA é utilizado como referência para reajustar salários, benefícios e contratos indexados à inflação, como aluguéis e contratos financeiros.
- Analisar o desempenho da economia: O IPCA é um importante indicador do desempenho da economia brasileira, fornecendo informações sobre o poder de compra da moeda e a saúde da economia como um todo.
Como o IPCA é calculado?
O IBGE realiza uma pesquisa mensal em 13 áreas urbanas do Brasil, coletando preços de aproximadamente 430 mil produtos e serviços em 30 mil estabelecimentos comerciais.
Esses preços são comparados com os preços do mês anterior, e a variação de preços de cada produto ou serviço é ponderada de acordo com sua importância no orçamento das famílias brasileiras. A média ponderada da variação de preços de todos os produtos e serviços pesquisados resulta no índice IPCA para o mês.
Fatores que influenciam a inflação
Diversos elementos podem influenciar a taxa de inflação, tornando-a um indicador dinâmico da economia:
- Demanda por bens e serviços: Quando a demanda por bens e serviços supera a oferta, os preços tendem a subir. Imagine um aumento na procura por viagens de avião durante as férias: as companhias aéreas podem aumentar os preços dos bilhetes para atender à demanda.
- Custos de produção: Aumento nos custos de produção, como mão de obra, insumos e energia, pode levar ao aumento dos preços dos produtos finais. Imagine uma seca que afeta a produção de alimentos: o preço dos alimentos no supermercado pode subir.
- Expectativas de inflação: Se as pessoas acreditam que os preços continuarão subindo no futuro, elas podem começar a comprar mais agora, o que pode impulsionar a demanda e, consequentemente, a inflação.
- Política monetária do Banco Central: O Banco Central utiliza diversos instrumentos para controlar a inflação, como a taxa Selic. Ao aumentar a Selic, o Banco Central torna o crédito mais caro, desestimulando o consumo e a investimento, o que pode ajudar a conter a inflação.
Como a inflação impacta a economia e as suas finanças?
Além disso, a inflação possui um impacto significativo em diversos setores da economia e nas finanças pessoais. Confira alguns a seguir.
Poder de compra
A inflação reduz o poder de compra da moeda, pois com o mesmo dinheiro você pode comprar menos bens e serviços. Imagine que o preço do pão aumenta de R$ 1,00 para R$ 1,20: com o mesmo R$ 1,00 você agora compra menos pães.
Distribuição de renda
A inflação pode afetar a distribuição de renda, pois os trabalhadores com renda fixa geralmente são os mais prejudicados, enquanto os lucros das empresas podem aumentar.
Investimentos
A inflação deve ser considerada ao escolher investimentos, pois alguns investimentos podem render menos que a inflação, resultando em perda de poder de compra.
Juros
Os juros dos empréstimos e investimentos geralmente são corrigidos pela inflação, para proteger o valor do dinheiro no tempo.